O sistema de saúde pública de Cuiabá corre o risco de não receber verbas da União. Isto porque o Conselho Municipal de Saúde (CMS) não está deliberando nenhuma pauta para votação. A conselheira Maria Ângela Martins, explica que a ‘paralisação’ deve-se basicamente ao fato de que os gestores públicos no estão respeitando a posição do Conselho no que diz respeito à implantação de Organizações Sociais de Saúde (OSS) em unidades da capital.

O CMS tem se mostrado contrário a contratação das OSS para gerir o sistema público de saúde. No entanto, de acordo com os próprios conselheiros a opinião não tem sido levada em conta pelos gestores, que dizem ser este, o melhor sistema para amenizar o problema da saúde pública na capital. “Já que não compete ao Conselho deliberar negativamente sobre qualquer pauta, também não vamos aprovar aquelas que são de interesse dos gestores”, afirmou Martins.

A conselheira explica para que a União possa transferir recursos aos municípios, é necessário que os Conselhos definam sobre as questões de políticas na área da saúde. Caso isso não aconteça, existe a possibilidade de que os recursos não sejam repassados.
Ainda de acordo com Martins, até o momento, pautas como o relatório de Gestão do Município, bem como o Plano de Trabalho Anual de 2012 não foram votadas pelo CMS. “É um risco que corremos, mas, infelizmente, já foi decidido que o Conselho não irá analisar novas pautas, até que nós possamos ser ouvidos a respeito da discussão sobre implantação das OSS”, finalizou a conselheira.

As afirmações foram feitas na tarde desta segunda (12), durante entrevista coletiva concedida por representantes do CMS, juntamente com o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), reafirmando a posição contrária de ambos, frente à gerência de unidades de saúde pública pelas OSS.

 

Fonte: Circuito Mato Grosso

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