Para o 1º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital Corrêa Lima, o plano do Governo Federal de abrir novas vagas em escolas médicas terá efeitos negativos imediatos. “Primeiro precisamos perguntar que tipo de médico o Brasil precisa”. A defesa foi durante o III Fórum Nacional de Ensino Médico, evento que ocorre entre os dias 5 e 6 de julho, em Brasília.

O vice-presidente do CFM afirmou que não há no Brasil docentes qualificados suficientes para as 196 escolas médicas existentes. “A qualidade do ensino médico é essencial para a formação de um profissional que lida com vidas, saúde e dignidade humana”.

Além da abertura indiscriminada de escolas médicas, a revalidação de diplomas automática foi alvo de críticas. Vital defendeu que o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) seja concretizado. Ele apoiou o Projeto de Lei 138/2012, do senador Paulo Davim (PV/RN) que transforma o Revalida em lei. “Se não houver mudança na legislação as faculdades continuaram revalidando diplomas com critérios dispares”, afirmou. A matéria está na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) do Senado Federal e aguarda indicação do relator.

Outra participação foi do assessor parlamentar das entidades médicas, Napoleão Salles, que explanou diversos projetos que tratam da convalidação de diplomas e tramitam no Congresso.

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Fonte: Conselho Federal de Medicina