Qui, 14 de Junho de 2012

 

Secretaria Municipal de Saúde faz contratos irregulares para manter pediatras no quadro de plantões do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC). Como os salários estão abaixo do mercado, os gestores fazem um acordo verbal, no qual o profissional cumpre carga horária inferior como forma de compensação. Mesmo com o benefício, faltam especialistas e os médicos da instituição reclamam que chegam a trabalhar 36 horas consecutivas na unidade porque não há para quem entregar a responsabilidade do setor.
Um grupo de profissionais procurou o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) para formalizar uma denúncia. Na ocasião, eles relataram que havia 2 pacientes em situação grave e que precisavam de acompanhamento constante. Por uma questão ética, o médico não pode abandonar o posto antes da chegada do substituto. Desta forma, eles são obrigados a entrar em plantões extras. A presidente do Sindimed, Elza Queiroz, encaminhou ofícios para o Juizado da Criança e do Adolescente, Ministério Público Estadual e Prefeitura, na tentativa de solucionar a carência de pediatras.
Ela analisa a situação como crítica e teme tanto pelos pacientes quanto pelos profissionais, que trabalham por muitas horas e cansados, ficando mais suscetíveis ao erro. Para o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM/MT), Arlan Azevedo, existe um problema na gestão, já que a quantidade de médicos lotada na instituição, conforme a lista apresentada pela gestão municipal, é suficiente para cobertura de todos os plantões. Os documentos foram apresentados na noite desta terça- feira (12) em uma reunião com a categoria.
O encontro foi intermediado pelo CRM e até o fechamento da edição, não havia acordo entre as partes. Azevedo relata que houve uma desvalorização gradual nos últimos anos de gestão. De acordo com a especialidade existe um valor estipulado para o pagamento dos plantões e na escala o médico pediatra está entre os menos remunerados. O fato causa insatisfação e faz com que não haja motivação para se trabalhar em unidades públicas. Quanto aos contratos informais, o vice-presidente tem conhecimento dos acordos e diz que a entidade quer a regularização dos casos e o reajuste dos valores para que fiquem mais próximos dos praticados na iniciativa privada. O diretor do PS, Carlos Maranhão, alega que realmente há a falta de pediatras e que a demanda é por mais 4 especialistas. Ele argumenta que mesmo com as vagas abertas não aparecem interessados e que o problema foi encaminhado para a gestão municipal, que ainda não ofereceu retorno.
A juíza da Vara da Infância e Juventude, Gleide Bispo dos Santos, está acompanhando as demandas em relação à saúde e participou da reunião. Ela diz que tem conhecimento das dificuldades de contratação no PS e nas policlínicas e que tem a informação que alguns ajustes nas escalas irão resolver o problema. A magistrada, até o fechamento da edição, não tinha recebido o ofício do Sindimed.

Secretaria Municipal de Saúde faz contratos irregulares para manter pediatras no quadro de plantões do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC). Como os salários estão abaixo do mercado, os gestores fazem um acordo verbal, no qual o profissional cumpre carga horária inferior como forma de compensação. Mesmo com o benefício, faltam especialistas e os médicos da instituição reclamam que chegam a trabalhar 36 horas consecutivas na unidade porque não há para quem entregar a responsabilidade do setor.

Um grupo de profissionais procurou o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) para formalizar uma denúncia. Na ocasião, eles relataram que havia 2 pacientes em situação grave e que precisavam de acompanhamento constante. Por uma questão ética, o médico não pode abandonar o posto antes da chegada do substituto. Desta forma, eles são obrigados a entrar em plantões extras. A presidente do Sindimed, Elza Queiroz, encaminhou ofícios para o Juizado da Criança e do Adolescente, Ministério Público Estadual e Prefeitura, na tentativa de solucionar a carência de pediatras.

Ela analisa a situação como crítica e teme tanto pelos pacientes quanto pelos profissionais, que trabalham por muitas horas e cansados, ficando mais suscetíveis ao erro. Para o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM/MT), Arlan Azevedo, existe um problema na gestão, já que a quantidade de médicos lotada na instituição, conforme a lista apresentada pela gestão municipal, é suficiente para cobertura de todos os plantões. Os documentos foram apresentados na noite desta terça- feira (12) em uma reunião com a categoria.

O encontro foi intermediado pelo CRM e até o fechamento da edição, não havia acordo entre as partes. Azevedo relata que houve uma desvalorização gradual nos últimos anos de gestão. De acordo com a especialidade existe um valor estipulado para o pagamento dos plantões e na escala o médico pediatra está entre os menos remunerados. O fato causa insatisfação e faz com que não haja motivação para se trabalhar em unidades públicas. Quanto aos contratos informais, o vice-presidente tem conhecimento dos acordos e diz que a entidade quer a regularização dos casos e o reajuste dos valores para que fiquem mais próximos dos praticados na iniciativa privada. O diretor do PS, Carlos Maranhão, alega que realmente há a falta de pediatras e que a demanda é por mais 4 especialistas. Ele argumenta que mesmo com as vagas abertas não aparecem interessados e que o problema foi encaminhado para a gestão municipal, que ainda não ofereceu retorno.

A juíza da Vara da Infância e Juventude, Gleide Bispo dos Santos, está acompanhando as demandas em relação à saúde e participou da reunião. Ela diz que tem conhecimento das dificuldades de contratação no PS e nas policlínicas e que tem a informação que alguns ajustes nas escalas irão resolver o problema. A magistrada, até o fechamento da edição, não tinha recebido o ofício do Sindimed.


Fonte: Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso

 

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