A resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que estabelece prazos máximos para as operadoras de planos de saúde assegurar aos seus clientes a prestação de serviços e procedimentos prometidos terá êxito apenas se atingir seu objetivo maior: a ampliação da rede de cobertura garantida aos seus clientes no momento da assinatura dos contratos.  Essa é a avaliação do 2º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá Miranda, após analisar a proposta que entra em vigor, efetivamente, em 90 dias.
Para ele, que também é coordenador da Comissão de Saúde Suplementar (Comsu), a medida da ANS surge no momento em que se constata a problema crescente dos usuários com a extensão da cobertura. “Hoje a ANS desconhece o número de médicos que trabalha para os planos de saúde, o que permitiria um real diagnóstico do tamanho da rede assistencial”, afirmou.
Não são raros os relatos que apontam dificuldades em marcar consultas e exames ou confirmar procedimentos em hospitais ou laboratórios. “Esse problema é visível, especialmente, nos prontos-atendimentos dos planos de saúde, onde o tempo de espera por atendimento é igual ou maior que em unidades semelhantes da rede pública”, apontou Tibiriçá.
Mau atendimento – Dados divulgados recentemente pela ANS mostram que a insatisfação dos consumidores com o mau atendimento dos planos de saúde. De janeiro e abril, o índice de reclamações medido pela própria Agência mais que dobrou.
Entre as empresas com mais de 100 mil clientes, ele passou de 0,29 ponto (em dezembro de 2010) para 0,62 (em abril deste ano). Só no primeiro bimestre, o número de queixas e de pedidos de orientação saltou de 14.372, em 2009, para 24.166, um ano depois, chegando a 28.318, em 2011.
Esse quadro também foi identificado em pesquisa realizada a pedido do CFM, que será divulgado nos próximos dias. O trabalho aponta os itens que mais geram descontentamento entre os usuários dos planos de saúde.
Alerta à sociedade – Tibiriçá faz ainda um alerta sobre a importância dos usuários e da ANS entenderem claramente que a responsabilidade pela ampliação da cobertura é das operadoras e não dos médicos. Segundo ele, as empresas caminham na contramão das necessidades da assistência com a possibilidade de credenciamento de novos serviços fechada, com descredenciamentos constantes dos já existentes e pela fuga dos profissionais, insatisfeitos com as condições oferecidas.
Os problemas com os planos não são exclusividade dos usuários. Os médicos também apontam um quadro negativo no relacionamento com as operadoras. Em 7 de abril, a categoria – liderada pelo CFM, pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam) – suspendeu o atendimento dos usuários dos planos por 24 horas. A intenção foi chamar a atenção da sociedade para a interferência das empresas na autonomia dos profissionais e para a desvalorização dos médicos, que não receberam ao longo dos últimos anos reajustes equivalentes aos repasses feitos pelas operadoras às mensalidades cobradas dos usuários.
Atualmente, a categoria está em fase de negociação nos estados, numa tentativa de reequilibrar a relação entre médicos e operadoras de planos de saúde. “Hoje, a situação é critica. Muitos médicos já optaram por deixarem de atender por planos de saúde.  A rede é cada vez mais restrita. Nos perguntamos como elas conseguirão atender às exigências da ANS com a tendência crescente de descredenciamento de profissionais, insatisfeitos com as condições de trabalho e remuneração oferecidas”, concluiu Tibiriçá.

A resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que estabelece prazos máximos para as operadoras de planos de saúde assegurar aos seus clientes a prestação de serviços e procedimentos prometidos terá êxito apenas se atingir seu objetivo maior: a ampliação da rede de cobertura garantida aos seus clientes no momento da assinatura dos contratos.

Essa é a avaliação do 2º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá Miranda, após analisar a proposta que entra em vigor, efetivamente, em 90 dias. Para ele, que também é coordenador da Comissão de Saúde Suplementar (Comsu), a medida da ANS surge no momento em que se constata a problema crescente dos usuários com a extensão da cobertura. “Hoje a ANS desconhece o número de médicos que trabalha para os planos de saúde, o que permitiria um real diagnóstico do tamanho da rede assistencial”, afirmou. 

Não são raros os relatos que apontam dificuldades em marcar consultas e exames ou confirmar procedimentos em hospitais ou laboratórios. “Esse problema é visível, especialmente, nos prontos-atendimentos dos planos de saúde, onde o tempo de espera por atendimento é igual ou maior que em unidades semelhantes da rede pública”, apontou Tibiriçá. Mau atendimento – Dados divulgados recentemente pela ANS mostram que a insatisfação dos consumidores com o mau atendimento dos planos de saúde. De janeiro e abril, o índice de reclamações medido pela própria Agência mais que dobrou. Entre as empresas com mais de 100 mil clientes, ele passou de 0,29 ponto (em dezembro de 2010) para 0,62 (em abril deste ano). Só no primeiro bimestre, o número de queixas e de pedidos de orientação saltou de 14.372, em 2009, para 24.166, um ano depois, chegando a 28.318, em 2011. Esse quadro também foi identificado em pesquisa realizada a pedido do CFM, que será divulgado nos próximos dias.

O trabalho aponta os itens que mais geram descontentamento entre os usuários dos planos de saúde. Alerta à sociedade – Tibiriçá faz ainda um alerta sobre a importância dos usuários e da ANS entenderem claramente que a responsabilidade pela ampliação da cobertura é das operadoras e não dos médicos. Segundo ele, as empresas caminham na contramão das necessidades da assistência com a possibilidade de credenciamento de novos serviços fechada, com descredenciamentos constantes dos já existentes e pela fuga dos profissionais, insatisfeitos com as condições oferecidas. 

 Os problemas com os planos não são exclusividade dos usuários. Os médicos também apontam um quadro negativo no relacionamento com as operadoras. Em 7 de abril, a categoria – liderada pelo CFM, pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam) – suspendeu o atendimento dos usuários dos planos por 24 horas. A intenção foi chamar a atenção da sociedade para a interferência das empresas na autonomia dos profissionais e para a desvalorização dos médicos, que não receberam ao longo dos últimos anos reajustes equivalentes aos repasses feitos pelas operadoras às mensalidades cobradas dos usuários. Atualmente, a categoria está em fase de negociação nos estados, numa tentativa de reequilibrar a relação entre médicos e operadoras de planos de saúde. “Hoje, a situação é critica. Muitos médicos já optaram por deixarem de atender por planos de saúde.

 A rede é cada vez mais restrita. Nos perguntamos como elas conseguirão atender às exigências da ANS com a tendência crescente de descredenciamento de profissionais, insatisfeitos com as condições de trabalho e remuneração oferecidas”, concluiu Tibiriçá.

Fonte: CFM

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