O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso -Sindimed- prometeu levar nesta segunda-feira (2) uma denúncia no Ministério Público Estadual- MPE sobre a recente contratação pela Prefeitura de Cuiabá da empresa que irá assumir o serviço de assistência e consultoria na gestão do Pronto- Socorro, pelo valor de R$ 190 mil/mês. Segundo o Sindicato, os mesmos serviços são cobrados a hospitais privados da Capital por um valor máximo em torno de R$ 28 mil/mês.
“Porque que para o Santa Rosa, São Mateus, e outros hospitais são cobrados valores bem inferiores? Em uma análise rápida podemos duvidar da idoneidade desta contratação de serviço, pode ser que há superfaturamento”, criticou a presidente do Sindimed, Elza Queiroz.
Na avaliação da representante da categoria médica, ao invés de contratar empresa de gestão, o município deveria aplicar os recursos em materiais médicos. “O Pronto Socorro é desorganizado por falta de estrutura e não por má gestão”, disse
Outra observação apontada é com relação aos tipos de cirurgia que o P.S não realiza. “Cirurgia cardíaca e neurológica, e de coluna que não são feitas no Ponto Socorro, são feitas em outros hospitais como o São Mateus, que também atende pacientes do Estado inteiro”, descreveu. Além disso, a categoria explica que a empresa não irá realizar cirurgia, cuidará somente da gestão.
Falta de médicos nas Policlínicas
Como continua a falta de médicos nas Policlínicas de Cuiabá, o secretário de Saúde do município, Lamartine Godoy, continua a buscar profissionais, com as dificuldades de uma circunstância em que não há médicos disponíveis no mercado.
Já o Sindimed, alega que a Prefeitura quer pagar R$ 3.800,00 por 24 horas de plantão, o que vai contra a carga horária dos médicos, além do salário ser bem inferior ao piso nacional que é de R$ 9.200 para 20 horas trabalhadas. “Para os gestores parece ser uma coisa qualquer, normal, mas não é. Eles querem oferecer um salário irrisório aos médicos com cargas horárias absurdas, e ainda sem falta de segurança”, lamentou Elza
Recentemente foi anunciado a primeira reforma de Policlínicas que se inicia pelo CPA e depois outras unidades, sucessivamente, para evitar restrição ainda maior no atendimento. O Sindimedi explica que Cuiabá vive uma epidemia de dengue, com os riscos que a contaminação por outros vírus provoca que é o desenvolvimento da doença na sua forma hemorrágica com desfecho imprevisível.
“Fechar policlínicas em período de dengue, mesmo para reformas? Estamos vivendo uma epidemia no momento. É irracional quem pensou nesta hipótese. Temos que preservar a população”, manifestou-se a sindicalista, externando preocupação.
De acordo com o Sindicato, a estimativa de atendimento em cada Policlínica é de 400 pacientes por dia.
Falta de segurança
A presidente do Sindimed citou o recente caso de agressão na Policlínica do Verdão, onde um paciente se sentiu insatisfeito com o médico e decidiu agredi-lo com um pedaço de pau.
“O médico não voltou mais para dar plantão, quem iria voltar depois de ser ameaçado de morte? Agora lá está sem médico, por causa da falta de segurança”, constatou e, acrescentou, “fatos como esse afastam, ainda mais, qualquer pretensão de um profissional de saúde a dar plantões ou atender em estabelecimento público”.T

Ter, 03 de Abril de 2012

O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso -Sindimed- prometeu levar nesta segunda-feira (2) uma denúncia no Ministério Público Estadual- MPE sobre a recente contratação pela Prefeitura de Cuiabá da empresa que irá assumir o serviço de assistência e consultoria na gestão do Pronto- Socorro, pelo valor de R$ 190 mil/mês. Segundo o Sindicato, os mesmos serviços são cobrados a hospitais privados da Capital por um valor máximo em torno de R$ 28 mil/mês.

“Porque que para o Santa Rosa, São Mateus, e outros hospitais são cobrados valores bem inferiores? Em uma análise rápida podemos duvidar da idoneidade desta contratação de serviço, pode ser que há superfaturamento”, criticou a presidente do Sindimed, Elza Queiroz.

Na avaliação da representante da categoria médica, ao invés de contratar empresa de gestão, o município deveria aplicar os recursos em materiais médicos. “O Pronto Socorro é desorganizado por falta de estrutura e não por má gestão”, disse

Outra observação apontada é com relação aos tipos de cirurgia que o P.S não realiza. “Cirurgia cardíaca e neurológica, e de coluna que não são feitas no Ponto Socorro, são feitas em outros hospitais como o São Mateus, que também atende pacientes do Estado inteiro”, descreveu. Além disso, a categoria explica que a empresa não irá realizar cirurgia, cuidará somente da gestão.

Falta de médicos nas Policlínicas

Como continua a falta de médicos nas Policlínicas de Cuiabá, o secretário de Saúde do município, Lamartine Godoy, continua a buscar profissionais, com as dificuldades de uma circunstância em que não há médicos disponíveis no mercado.

Já o Sindimed, alega que a Prefeitura quer pagar R$ 3.800,00 por 24 horas de plantão, o que vai contra a carga horária dos médicos, além do salário ser bem inferior ao piso nacional que é de R$ 9.200 para 20 horas trabalhadas. “Para os gestores parece ser uma coisa qualquer, normal, mas não é. Eles querem oferecer um salário irrisório aos médicos com cargas horárias absurdas, e ainda sem falta de segurança”, lamentou Elza

Recentemente foi anunciado a primeira reforma de Policlínicas que se inicia pelo CPA e depois outras unidades, sucessivamente, para evitar restrição ainda maior no atendimento. O Sindimedi explica que Cuiabá vive uma epidemia de dengue, com os riscos que a contaminação por outros vírus provoca que é o desenvolvimento da doença na sua forma hemorrágica com desfecho imprevisível.

“Fechar policlínicas em período de dengue, mesmo para reformas? Estamos vivendo uma epidemia no momento. É irracional quem pensou nesta hipótese. Temos que preservar a população”, manifestou-se a sindicalista, externando preocupação.

De acordo com o Sindicato, a estimativa de atendimento em cada Policlínica é de 400 pacientes por dia.

Falta de segurança

A presidente do Sindimed citou o recente caso de agressão na Policlínica do Verdão, onde um paciente se sentiu insatisfeito com o médico e decidiu agredi-lo com um pedaço de pau.

“O médico não voltou mais para dar plantão, quem iria voltar depois de ser ameaçado de morte? Agora lá está sem médico, por causa da falta de segurança”, constatou e, acrescentou, “fatos como esse afastam, ainda mais, qualquer pretensão de um profissional de saúde a dar plantões ou atender em estabelecimento público”.


Fonte: Turma do Epa

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