Os médicos da rede pública de saúde da segunda maior cidade do Estado deverão definir nesta quarta-feira (11), as medidas que serão tomadas diante do não pagamento da verba indenizatória pela Prefeitura de Várzea Grande, que já completa seis meses. Caso a Secretaria Municipal de Saúde não apresente uma planilha que garanta o pagamento até esta tarde, o indicativo é para demissão coletiva dos contratados e greve dos concursados.
A Assembleia da categoria está marcada para começar às 19h, no Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) e segundo o presidente em exercício, Celso Vargas, a decisão que deverá ser firmada hoje pode prejudicar ainda mais o atendimento de saúde da cidade, que já é precário.
“O secretário afirmou que apresentará ainda hoje uma planilha garantindo o pagamento e torço para que isso aconteça porque os médicos estão claramente insatisfeitos e não pretendem continuar trabalhando na rede de saúde várzea-grandense. Se isso for decidido hoje, a saúde vai virar um caos, porque se antes da demissão já faltava médicos, se ocorrer greve e mais demissões a situação piora”, disse ao Mato Grosso Notícias, se referindo à demissão de 65% dos médicos da rede pública que se deu na semana passada, o que representa apenas 100 médicos em exercício, em contrapartida dos 300 anteriores.
Em reunião com a categoria, o prefeito do município, Sebastião Gonçalves – o Tião da Zaeli, explicou o atraso no pagamento justamente pela demora do repasse que deveria ser feito pelo governo e garantiu buscar uma solução. O prefeito afirmou que iria se reunir com o governador Silval Barbosa ainda esta semana, em busca de um adiantamento do repasse mensal para pagamento das verbas indenizatórias atrasadas.
O salário de dezembro, equivalente a R$ 1,9 mil, que também se encontra em atraso, deverá ser pago em breve, garantiu o secretário ao sindicato. A verba, porém, que torna o emprego atrativo na avaliação de Celso, equivale a maior parte, 60% do salário.
Mal explicado
De acordo com Celso, a situação imposta pela Secretaria Municipal de Saúde, sob comando de Marcos José da Silva, se apresenta de modo confusa.
“Como uma secretaria que precisa de no mínimo 20% de aumento de profissionais, demite 65% dos que já tem e depois fala que irá recontratar? Isso é no mínimo estranho, demitir sem falar se vai recontratar, quando irá recontratar, e quem irá recontratar. Enquanto isso a população sofre com menos médicos para atender”, desabafou.
O presidente do Sindimed acredita que o pensamento do secretário gira em torno de contratações de médicos recém-formados, até mesmo por conta da economia que a mudança geraria nos cofres públicos. “Quatro médicos recém-formados aceitam trabalhar pelo preço de um experiente. Com a formação de turmas de medicina, o que o secretário pode estar planejando é contratar um bom número destes profissionais”, afirmou.
Marcos José esclareceu por meio de nota que a Secretaria Municipal de Saúde em toda a sua rede, que inclui postos de saúde, policlínicas e o PS está com o pagamento de salários em dia. O atraso ao qual se discute é referente Fusvag, extinta no último dia 31 e que agora é de responsabilidade da secretaria.
Demissões
O secretário afirmou que está agilizando os processos de recontratação para este ano, como ocorre naturalmente neste período, quando os contratados renovam seu vínculo com a prefeitura. Segundo Marcos, eles serão assinados nos próximos dias. Enquanto isso, a recomendação era para que a categoria permanecesse com suas atividades normais, o que não vem ocorrendo. Segundo Celso, alguns médicos relataram que ao voltar para seus postos de trabalho, já havia novos médicos executando os serviços.
O secretário chegou a dizer em entrevista ao Mato Grosso Notícias, que tem certeza que conseguirá repor não somente a quantidade de médicos que não quiserem retornar, mas também o déficit anterior, que representa 90 novos profissionais.
Para Celso, essa probabilidade é remota, já que as condições de trabalho e oraso dos salários não estimulam nenhum profissional a atender nas unidades de saúde várzea-grandenses.

Os médicos da rede pública de saúde da segunda maior cidade do Estado deverão definir nesta quarta-feira (11), as medidas que serão tomadas diante do não pagamento da verba indenizatória pela Prefeitura de Várzea Grande, que já completa seis meses. Caso a Secretaria Municipal de Saúde não apresente uma planilha que garanta o pagamento até esta tarde, o indicativo é para demissão coletiva dos contratados e greve dos concursados.

A Assembleia da categoria está marcada para começar às 19h, no Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) e segundo o presidente em exercício, Celso Vargas, a decisão que deverá ser firmada hoje pode prejudicar ainda mais o atendimento de saúde da cidade, que já é precário. 

“O secretário afirmou que apresentará ainda hoje uma planilha garantindo o pagamento e torço para que isso aconteça porque os médicos estão claramente insatisfeitos e não pretendem continuar trabalhando na rede de saúde várzea-grandense. Se isso for decidido hoje, a saúde vai virar um caos, porque se antes da demissão já faltava médicos, se ocorrer greve e mais demissões a situação piora”, disse ao Mato Grosso Notícias, se referindo à demissão de 65% dos médicos da rede pública que se deu na semana passada, o que representa apenas 100 médicos em exercício, em contrapartida dos 300 anteriores.


Em reunião com a categoria, o prefeito do município, Sebastião Gonçalves – o Tião da Zaeli, explicou o atraso no pagamento justamente pela demora do repasse que deveria ser feito pelo governo e garantiu buscar uma solução. O prefeito afirmou que iria se reunir com o governador Silval Barbosa ainda esta semana, em busca de um adiantamento do repasse mensal para pagamento das verbas indenizatórias atrasadas. 

O salário de dezembro, equivalente a R$ 1,9 mil, que também se encontra em atraso, deverá ser pago em breve, garantiu o secretário ao sindicato. A verba, porém, que torna o emprego atrativo na avaliação de Celso, equivale a maior parte, 60% do salário.

Mal explicado

De acordo com Celso, a situação imposta pela Secretaria Municipal de Saúde, sob comando de Marcos José da Silva, se apresenta de modo confusa. 

“Como uma secretaria que precisa de no mínimo 20% de aumento de profissionais, demite 65% dos que já tem e depois fala que irá recontratar? Isso é no mínimo estranho, demitir sem falar se vai recontratar, quando irá recontratar, e quem irá recontratar. Enquanto isso a população sofre com menos médicos para atender”, desabafou.

O presidente do Sindimed acredita que o pensamento do secretário gira em torno de contratações de médicos recém-formados, até mesmo por conta da economia que a mudança geraria nos cofres públicos. “Quatro médicos recém-formados aceitam trabalhar pelo preço de um experiente. Com a formação de turmas de medicina, o que o secretário pode estar planejando é contratar um bom número destes profissionais”, afirmou.

Marcos José esclareceu por meio de nota que a Secretaria Municipal de Saúde em toda a sua rede, que inclui postos de saúde, policlínicas e o PS está com o pagamento de salários em dia. O atraso ao qual se discute é referente Fusvag, extinta no último dia 31 e que agora é de responsabilidade da secretaria. 


Demissões

O secretário afirmou que está agilizando os processos de recontratação para este ano, como ocorre naturalmente neste período, quando os contratados renovam seu vínculo com a prefeitura. Segundo Marcos, eles serão assinados nos próximos dias. Enquanto isso, a recomendação era para que a categoria permanecesse com suas atividades normais, o que não vem ocorrendo. Segundo Celso, alguns médicos relataram que ao voltar para seus postos de trabalho, já havia novos médicos executando os serviços.

O secretário chegou a dizer em entrevista ao Mato Grosso Notícias, que tem certeza que conseguirá repor não somente a quantidade de médicos que não quiserem retornar, mas também o déficit anterior, que representa 90 novos profissionais. 

Para Celso, essa probabilidade é remota, já que as condições de trabalho e o atraso dos salários não estimulam nenhum profissional a atender nas unidades de saúde várzea-grandenses.

Fonte: Mato Grosso Notícias


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