Atualmente abandonado, o hospital psiquiátrico Adauto Botelho, em Cuiabá, deverá passar por reformas dentro de sete dias, anunciou nesta segunda-feira (9) o secretário estadual de Saúde, Jorge Lafetá. A expectativa é de que, em até 15 dias, seja retomado o pronto-atendimento da unidade, cuja estrutura se encontra abandonada.

A reforma recebeu recursos na ordem de R$ 150 mil, que servirão para canalização da rede de esgoto, reforma de banheiros, revitalização de enfermarias e a readequação do pronto-atendimento, atualmente interditado. Segundo o secretário, o objetivo é retomar o mais breve possível o pronto-atendimento da unidade, mas possibilitar que o local volte também a receber internações.

A ordem de serviço para as obras de reforma foi assinada em novembro, quando o recém-empossado secretário Lafetá também recebeu relatório final de inspeções em seis unidades de saúde da capital feitas por uma comissão de deputados da Assembleia Legislativa.

O documento continha dados preocupantes a respeito da situação de abandono do Adauto Botelho, tais como a existência de esgoto a céu aberto logo em frente ao prédio do hospital, causando mau cheiro e acúmulo de sujeira ao longo de seis meses.

A cozinha e o refeitório da unidade também estavam afetados pelo mesmo problema. Além disso, os banheiros, segundo o relatório, não detinham condições mínimas de uso, “desrespeitando todas as normas de segurança e higiene”.

 

A vistoria foi realizada em outubro. Em sua conclusão, o relatório dos deputados estaduais apontava uma situação de “desrespeito aos pacientes que necessitam do serviço, bem como um ultraje aos direitos humanos, sem contar que inúmeras famílias não conseguem os serviços haja vista que várias alas e o pronto atendimento estão fechados”.

Transplantes
O anúncio da reforma no Adauto Botelho para a próxima segunda-feira (16) foi feito por ocasião de coletiva de imprensa convocada pelo secretário Lafetá, uma de suas primeiras à frente da SES. Com intuito de divulgar seu plano de descentralização dos serviços de saúde no estado, ele também aproveitou a oportunidade para tornar pública a retomada dos transplantes renais em Mato Grosso, serviço paralisado desde 2005.

Segundo Lafetá, o estado hoje conta com mais de 1,8 mil pessoas prontas para passar pelo procedimento de transplante de rins. Ele espera retomar o procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) dentro de quatro ou cinco meses. Em até 60 dias deverá ser iniciado o processo de captação dos órgãos. Outro tipo de transplante que Lafetá anunciou é o de fígado, cuja captação de órgãos deve demorar um pouco mais, cerca de quatro meses.

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