“É imperativo que medidas urgentes sejam implementadas para prevenir que casos lamentáveis como o ocorrido com o colega médico na última segunda-feira, em Rondonópolis, quando foi sequestrado nas dependências do hospital em que trabalha” enfatiza, Diogo Sampaio, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso, que encaminhou ofícios ao Secretário de Segurança Pública, ao Comandante Geral da Polícia Militar e à Delegada Geral da Polícia Civil com objetivo de solicitar reforço no patrulhamento dos hospitais, além de investigação criteriosa em relação ao ocorrido com o médico de 57 anos.

Para Rafael Mederi, diretor do CRM-MT e responsável pela Delegacia Regional de Rondonópolis, “Qualquer tipo de violência contra profissionais de saúde dentro do seu local de trabalho não pode ser tolerada. A atuação do médico, por natureza é estressante, não podemos trabalhar preocupados se chegaremos ao hospital ou se conseguiremos retornar para nossas casas ao final de um dia de trabalho. O episódio recente é mais um capítulo da insegurança que vivemos e que se instaurou com o episódio dessa semana”.

Para Diogo, esse caso deve ser tratado de forma exemplar, para que não se repita: “Não só em Rondonópolis, mas em todo Mato Grosso, os médicos precisam de segurança, de garantia da integridade necessária para desempenhar suas funções em prol da vida e saúde da comunidade. É fundamental garantir um ambiente seguro para que os profissionais possam exercer suas atividades sem temores ou ameaças”, declara o conselheiro.

ENTENDA O CASO

Na segunda-feira à noite (20), um médico de 57 anos foi sequestrado por dois criminosos antes de deixar o seu local de trabalho, em Rondonópolis (212 km de Cuiabá). Um um adolescente de 17 anos foi detido durante logo depois que o médico foi levado por outro criminoso.

De acordo com as informações registradas no boletim de ocorrência, a vítima foi surpreendida por dois indivíduos armados que anunciaram o assalto. Ele foi levado para o próprio carro, onde foi ameaçado de morte, teve os olhos vendados e foi obrigado a deitar no veículo. Durante o trajeto, os criminosos exigiram que a vítima abrisse o aplicativo do banco e realizasse transferências de dinheiro de duas contas, num total de R$ 53 mil.

Posteriormente, o médico foi conduzido a um cativeiro, onde permaneceu por aproximadamente três horas. Depois, o médico foi deixado às margens da BR-364, e procurou auxílio entre os moradores da região.

Diante das características fornecidas pela vítima, os militares iniciaram rondas na região, localizando um homem trafegando por uma estrada próxima a um córrego. Um cerco foi efetuado, resultando na abordagem do suspeito, que tentou fugir, mas foi contido pelos militares. Em interrogatório, o adolescente confessou sua participação no assalto seguido de sequestro. Ele afirmou ser membro de uma facção criminosa, desempenhando o papel de manter a vítima em cárcere privado com um simulacro, enquanto um comparsa fugia com o veículo roubado.

As autoridades continuam as investigações para localizar e prender outros envolvidos no crime.

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