Uma equipe do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) realizou vistorias nas policlínicas do Verdão e do Coxipó, além da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), no Bairro Morada do Ouro. 

Nessas unidades, os profissionais que integram a equipe identificaram uma série de irregularidades, entre elas a precariedade na estrutura dos prédios, medicamentos com data de validade vencida, além de superlotação. “Os problemas maiores na policlínica do Verdão são a estrutura física e a superlotação. A equipe [médica] não está dimensionada para a demanda que estava ali à procura de atendimento”, afirmou a presidente do CRM-MT, Maria de Fátima Carvalho Ferreira.

Devido à falta de médicos, alguns pacientes já aguardavam atendimento havia 7 horas, segundo ela. Na escala de plantão, constava apenas um médico, enquanto a sala de espera não tinha mais nenhuma cadeira livre para os pacientes. “Toda a sala estava ocupada e o atendimento demorava muito para ser realizado”, pontuou.

Apesar de na escala ter somente um médico para atuar na unidade na segunda-feira (16), dia da visita à unidade, a presidente da entidade disse que a Secretaria Municipal de Saúde contratou um médico para ajudar no atendimento. “A atenção primária deve ser revista para começar a reestruturar todo o atendimento. Pode não ser uma solução a curto prazo, mas a médio prazo conseguiremos resolver”, avaliou Maria de Fátima.

Na terça-feira (17), a tesoureira do CRM-MT, Dalva Alves das Neves, foi até a UPA, cujo prédio foi entregue há três anos e, segundo ela, já necessita de manutenção. Diferentemente da policlínica do Verdão, a UPA não apresentava défitit de pessoal, mas, por outro lado, foram encontrados vários medicamentos vencidos na farmácia da unidade.

“Notamos que, após três anos de uso, a UPA está se deteriorando e, se não tiver manutenção, daqui a alguns dias estará em péssimas condições”, avaliou a médica. Entretanto, ela citou a falta de controle na farmácia da unidade como o problema mais grave. “É preciso ter controle da medicação. Os remédios que vão vencer no final de maio, por exemplo, devem ser usados primeiro. Tem que pedir menos dos [remédios] que saem menos e mais dos que saem mais”, afirmou.

A terceira vistoriada foi a Policlínica do Coxipó.

Ao fim das vistorias em Cuiabá, a equipe deve verificar a situação das unidades de Várzea Grande, região metropolitana da capital. “Primeiro iremos a todas as unidades de saúde de Cuiabá e depois iremos para Várzea Grande e, em seguida, vamos para o interior”, informou Dalva Alves.

Um relatório contendo os dados colhidos pela equipe deve ser entregue ao Ministério Público Estadual (MPE) para as devidas providências.

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