Sub-humanas. Assim os conselheiros do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) definiram as condições Pronto Socorro de Várzea. A unidade de saúde foi vistoriada na última quinta-feira (19.01) e o relatório com os principais problemas do local foi divulgado em coletiva de imprensa na tarde dessa segunda-feira (23.01).
O risco iminente de uma autoclave – equipamento responsável pela esterilização – incendiar foi apontado pelo Conselho como uma das principais irregularidades encontradas no PS. Segundo o coordenador de fiscalização do CRM-MT, Pedro Crotti, o equipamento se encontra em uma área inapropriada.
“A central de esterilização de material não obedece às normas legais de funcionamento. Há cruzamento e materiais sujos e limpos e não há barreira física para a autoclave. Há inúmeros materiais (como colchões e outros) de forma inadequada e com risco de incêndio”, explicou.
O reduzido número de leitos e as condições de higiene em todos os setores também preocuparam os conselheiros. “Os pacientes internados em observação esperam os resultados de exames nos corredores e aqueles que deveriam estar na sala de emergência estão alocados  em espaço que não possui médico plantonista e abriga nove poltronas e sete camas, praticamente sem espaço entre um leito e outro, com pacientes de ambos os sexos, de todas as idades (inclusive menores de idade), sem condições de higiene, sem enfermeira presencial, com apenas dois técnicos em enfermagem”, observou a presidente do CRM-MT, Dalva Alves das Neves.
Segundo o relatório do CRM, há um único banheiro para atender a todos os pacientes da emergência, incluindo a limpeza e higienização inicial dos pacientes politraumatizados. Os corredores de circulação dentro do centro cirúrgico acomodam pacientes já operados, que estão colocados em macas, por falta de vagas nas enfermarias.
Ainda de acordo com o levantamento, não há sala de reanimação de recém-nascido, sendo a mesma feita dentro de uma das salas cirúrgicas, de forma  improvisada, sem equipamentos e condições mínimas de segurança. “Segundo informações da enfermeira, as salas de pré-parto, parto normal e parto cirúrgico ainda não estão prontas (após a reforma), aguardando materiais e equipamentos”, informou Dalva.
As condições precárias para exercício do ato médico e os salários atrasados são apontados como os principais motivos para possível greve dos profissionais de saúde. Segundo a presidente do CRM-MT, os médicos confirmaram paralisação a partir de 01º de fevereiro.
“Mesmo em greve, 40% da equipe vai continuar trabalhando, pois os atendimentos de urgência e emergência não pode ficar paralisados. O médico sabe de suas obrigações e as cumpre, porém o poder público não cumpre com o dever de dar condições dignas de trabalho e pagamento de salário em dia. Os médicos temporários informaram que vão pedir demissão”, pontuou Dalva.

Sub-humanas. Assim os conselheiros do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) definiram as condições Pronto Socorro de Várzea. A unidade de saúde foi vistoriada na última quinta-feira (19.01) e o relatório com os principais problemas do local foi divulgado em coletiva de imprensa na tarde dessa segunda-feira (23.01).

O risco iminente de uma autoclave – equipamento responsável pela esterilização – incendiar foi apontado pelo Conselho como uma das principais irregularidades encontradas no PS. Segundo o coordenador de fiscalização do CRM-MT, Pedro Crotti, o equipamento se encontra em uma área inapropriada. 

“A central de esterilização de material não obedece às normas legais de funcionamento. Há cruzamento e materiais sujos e limpos e não há barreira física para a autoclave. Há inúmeros materiais (como colchões e outros) de forma inadequada e com risco de incêndio”, explicou.

O reduzido número de leitos e as condições de higiene em todos os setores também preocuparam os conselheiros. “Os pacientes internados em observação esperam os resultados de exames nos corredores e aqueles que deveriam estar na sala de emergência estão alocados  em espaço que não possui médico plantonista e abriga nove poltronas e sete camas, praticamente sem espaço entre um leito e outro, com pacientes de ambos os sexos, de todas as idades (inclusive menores de idade), sem condições de higiene, sem enfermeira presencial, com apenas dois técnicos em enfermagem”, observou a presidente do CRM-MT, Dalva Alves das Neves.

Segundo o relatório do CRM, há um único banheiro para atender a todos os pacientes da emergência, incluindo a limpeza e higienização inicial dos pacientes politraumatizados. Os corredores de circulação dentro do centro cirúrgico acomodam pacientes já operados, que estão colocados em macas, por falta de vagas nas enfermarias.

Ainda de acordo com o levantamento, não há sala de reanimação de recém-nascido, sendo a mesma feita dentro de uma das salas cirúrgicas, de forma  improvisada, sem equipamentos e condições mínimas de segurança. “Segundo informações da enfermeira, as salas de pré-parto, parto normal e parto cirúrgico ainda não estão prontas (após a reforma), aguardando materiais e equipamentos”, informou Dalva.  

As condições precárias para exercício do ato médico e os salários atrasados são apontados como os principais motivos para possível greve dos profissionais de saúde. Segundo a presidente do CRM-MT, os médicos confirmaram paralisação a partir de 01º de fevereiro. 

“Mesmo em greve, 40% da equipe vai continuar trabalhando, pois os atendimentos de urgência e emergência não pode ficar paralisados. O médico sabe de suas obrigações e as cumpre, porém o poder público não cumpre com o dever de dar condições dignas de trabalho e pagamento de salário em dia. Os médicos temporários informaram que vão pedir demissão”, pontuou Dalva.


Unidades CIAPS Adauto Botelho também enfrentam problemas

No início deste ano, as unidades I e III do CIAPS Adauto Botelho também foram vistoriadas pelo CRM-MT. Os locais disponíveis para atendimento a pacientes com problemas mentais possuem tantas irregularidades quanto o PS. Segundo o CRM, faltam materiais, medicamentos, profissionais e a estrutura dos prédios é precária. 

Composta por uma ala de internação feminina, duas masculinas e um setor de pronto atendimento, a Unidade I possui infiltração em todas as paredes, camas enferrujadas e os espaços não possuem climatização. No pátio onde deveria ocorrer a recreação dos internos, foi encontrado entulho e mato. “Os funcionários relataram que frequentemente acontecem agressões ou abusos entre os internos”, informou o vice-presidente do CRM-MT, Arlan Azevedo.  

Arlan destacou ainda, que no caso da Unidade III do CIAPS Adauto Botelho não existe espaço para internação de mulheres. “As vítimas de dependência de drogas Cuiabá e todo o Mato Grosso, que necessitarem ou buscarem tratamento são internadas na ala feminina da Unidade I, misturadas às mulheres portadoras de doença mental”.


Relatórios serão enviados ao MPE

Após constatar as irregularidades nas três unidades de saúde, o CRM-MT irá emitir os relatórios ao Ministério Público Estadual, a fim de que o mesmo acione o poder público para tomar providências a respeito das situações. “No ano passado inteiro não houve melhorias nesses locais que em tese são destinados à saúde, portanto para 2012 esperamos que os gestores cumpram com suas obrigações de fornecer saúde à população. Esse é um dever do município, do Estado e da União”, frisou a presidente do CRM-MT, Dalva Alves das Neves.


Fonte: Assessoria de Imprensa CRM-MT

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