O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) emitiu nesta quarta-feira (19.03) uma nota técnica voltada a médicos e gestores sobre o tratamento de pacientes infectados por arboviroses, como dengue e chikungunya. Dados do Ministério da Saúde colocam Mato Grosso na liderança no número de casos prováveis de chikungunya neste ano. Das 29 mortes já confirmadas pela doença, 21 ocorreram no estado.
O documento foi elaborado pelos especialistas pela Câmara Técnica de Infectologia do Conselho e conta com orientações sobre diagnóstico laboriatorial e manejo clínico das duas arboviroses.
“Infelizmente, Mato Grosso está na frente na incidência de casos de arboviroses, inclusive com muitos óbitos. Por ser um grave problema de saúde pública, fizemos um resumo daquilo que hoje é preconizado pelas sociedades médicas e pelo Ministério da Saúde em relação a atendimento, exames e pontos de alerta que o médico deve ter”, explica o presidente da câmara e 1º vice-presidente do CRM-MT, Adriano Bastos Pinho.
Preparada pelas infectologistas Mayane Emanuelle Oliveira Fonseca, Daniela Araújo Barros, Kadja Samara Sousa do Nascimento Leite e Ana Maria Gonçalves a nota servirá como uma orientação tanto aos médicos que atendem os pacientes quanto aos gestores públicos.
“A intenção é a de esclarecer, orientar e mostrar quais são os sinais de gravidade. É uma importante ferramenta sobretudo aos médicos de localidades mais distantes, que não contam com acesso a especialistas e vai facilitar muito o tratamento de casos leves e graves das doenças”, ressalta Adriano.
De acordo com os dados da Ministério da Saúde, foram registradas 10 mortes confirmadas por dengue e 21 por chikungunya. O estado já contabiliza 20.048 casos prováveis de dengue e 22.670 casos prováveis de chikungunya apenas em 2025. Há ainda 7 mortes por dengue e 14 por chikungunya que estão em investigação.