O Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso (CRM-MT) e o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Mato Grosso (CRF-MT) assinaram nesta segunda-feira (29) uma nota técnica que trata sobre a prescrição e dispensação de medicamentos para o tratamento da Covid-19.

O objetivo é esclarecer a população sobre os riscos e perigos envolvendo a automedicação, também alertar os médicos e farmacêuticos sobre os critérios técnicos a serem seguidos no ato das prescrições e dispensações de medicamentos para o tratamento do coronavírus com vistas a garantirem sempre o uso racional e seguro dos medicamentos.

A Nota Técnica assinada pela presidente do CRM-MT, Dra. Hildenete Monteiro Fortes, e o presidente do CRF-MT, Iberê Ferreira da Silva Junior, esclarece ainda que os medicamentos envolvidos no tratamento da Covid-19 não são medicamentos isentos de prescrição (ex. Ivermectina) e que alguns ainda possuem regramentos próprios para sua prescrição e dispensação, a exemplo da hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina e nitazoxanida.

O presidente do CRF-MT, Iberê Junior, destaca que “neste momento de medidas emergenciais em prol da saúde pública, os Conselhos estão trabalhando de forma integrada para auxiliar aos farmacêuticos e médicos no exercício de suas atividades profissionais. A relação entre o médico e o farmacêutico é muito estreita. Cabe ao médico a prescrição do medicamento e ao farmacêutico  dispensar e orientar o usuário quanto ao uso correto de medicamentos, além de acompanhar a adesão ao tratamento. Por isso, que nessa hora temos que fortalecer ainda mais esse trabalho em conjunto em prol da população”.

Já a representante da classe médica de Mato Grosso, Dra. Hildenete Fortes, reafirma que os medicamentos citados precisam de prescrição médica, principalmente a hidroxicloroquina, por ser uma das drogas que pode causar maiores efeitos colaterais.

Além disso, a presidente faz um alerta aos farmacêuticos: “Fiquem atentos às prescrições da hidroxicloroquina e ivermectina que não sejam feitas por médicos”.

A presidente se refere a relatos de que profissionais de medicina veterinária e odontologia estariam prescrevendo esses medicamentos de forma indevida.

Segundo ela, outra preocupação é referente a automedicação. “As pessoas não devem fazer a automedicação. Estão achando que a ivermectina vai salvar vidas, fazendo uso profilático. Não existe nenhuma confirmação cientifica da profilaxia desse medicamento. Quem faz uso deste medicamento acaba se descuidando da prevenção básica, que é o uso do álcool em gel, mascaras e o isolamento social”.

(Com informações do CRF-MT)

 

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