A falta de condições mínimas para o exercício da medicina no Pronto Atendimento Municipal de Poconé (100 km da Capital) levou o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) a determinar a interdição ética da instituição a partir de hoje (06) até os próximos 30 dias.

A interdição ética é uma suspensão da atividade profissional médica, de caráter provisório ou definitivo, a ser utilizada excepcionalmente para proteger a boa prática médica e o direito à saúde do cidadão.

“A medida foi motivada pelos sérios problemas encontrados no hospital e que comprometem o atendimento à população e o desempenho ético-profissional dos médicos”, avalia a presidente do CRM-MT, Maria de Fátima Carvalho Ferreira.

A presidente explica ainda que a interdição ética não significa fechamento da unidade. “Cabe ao gestor decidir ou não o fechando do hospital. Na interdição ética, os médicos ficam impedidos de dar expediente no local até a Secretaria de Saúde proporcionar as condições mínimas para que eles possam dar atendimento digno e seguro à população”, afirmou.

Na última fiscalização no estabelecimento, realizada no dia 30 de março, foram encontradas diversas irregularidades graves, entre elas salas sem condições físicas e sanitárias de funcionamento; equipamentos da sala de emergência estragados e sem manutenção; infiltrações nas paredes; banheiros com higiene precária; materiais e equipamentos em mal estado de conservação; falta de equipe e equipamentos  mínimos necessários para remoção dos pacientes graves.

Ao fim do período de interdição, uma nova fiscalização será realizada e o CRM-MT decidirá se a medida será revogada ou prorrogada.

O relatório da fiscalização foi encaminhado à Prefeitura de Poconé, Secretaria Municipal de Saúde, Secretária de Estado de Saúde e Ministério Público.

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