Uma comitiva do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) esteve em Brasília na última semana para encontros com integrantes da bancada mato-grossense na Câmara dos Deputados e no Senado. Em pauta, a retomada da tramitação do Projeto de Lei que cria um exame de proficiência para a concessão do registro profissionais aos formados em Medicina.
“A abertura desenfreada de escolas médicas, muitas com formação precária e que não possuem os requisitos básicos determinados pelo próprio MEC para funcionamento, gerou e continuará gerando uma enxurrada de novos médicos que chegam à linha de frente do sistema de saúde sem todas as condições necessárias para exercer a medicina”, explicou o presidente do CRM-MT, Diogo Sampaio.
Participaram das reuniões, além de Sampaio, o primeiro vice-presidente, Adriano Bastos Pinho, e os representantes da Comissão de Assuntos Políticos do CRM-MT, Luiz Gustavo Barcelos e Giovani Mendes Ferreira.
Os encontros com os deputados resultaram em apoio da maioria e na disposição do deputado Abílio Brunini, que se prontificou a relatar o projeto que tramita na casa desde 2007, com diversos apensos, que aguardava a nomeação de relator na Comissão de Trabalho (CTRAB).
A segurança do paciente e o sistema de saúde não podem esperar mais, o CRM-MT seguirá acompanhando e trabalhando para que o Exame de Proficiência seja uma realidade.
“Médicos sem a formação adequada sobrecarregam o sistema e atendem de forma não adequada o paciente mais vulnerável – aquele que não tem condições financeiras para escolher e pagar um médico. Pois estes profissionais, por insegurança, solicitam mais exames do que o necessário, aumentam os períodos de internação e são mais demorados em seus diagnósticos e proposição de tratamentos, também gerando maiores custos ao sistema”, Diogo.
O Exame Nacional de Proficiência em Medicina tem a intenção de ser um filtro para garantirmos o atendimento de qualidade para os brasileiros, além de também ser um balizador da qualidade do ensino médico em cada escola.
A ação em Brasília contou com o apoio do CFM, que disponibilizou a assessoria parlamentar para acompanhar a ida à Câmara.