Auditoria no SUS aponta gasto de R$ 14 milhões
O SUS (Sistema Único de Saúde) pagou cerca de R$ 14 milhões em cirurgias e internações para pessoas que já estavam mortas na data dos atendimentos.
As irregularidades foram detectadas por uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), que também identificou outros 890 casos de supostas internações que continuaram mesmo após a morte do paciente.
Para chegar a essas constatações, o tribunal comparou cadastros de óbitos com cadastros de internações e cirurgias do SUS.
De acordo com o relator do processo, ministro José Jorge, boa parte das internações realmente ocorreu, mas em períodos diferentes dos que foram informados. “Em outros casos, pode ter ocorrido burla mesmo”, disse o ministro.
Em quatro cidades a auditoria checou caso e caso: Fortaleza (CE), Aparecida de Goiânia (GO), Belém (PA), Recife (PE) e Campina Grande (PB).
O TCU determinou ao Ministério da Saúde mais mecanismos de segurança para seu sistema. Os municípios terão 120 dias para investigar os casos e apresentar medidas para corrigir as irregularidades.
RIBEIRÃO PRETO
A Santa Casa de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) estima que a interrupção dos atendimentos do SUS (Sistema Único de Saúde) possa afetar ao menos 3.500 pacientes por mês.
Médicos do hospital anunciaram na última sexta-feira que não atenderão mais procedimentos e consultas eletivas (não urgentes) a partir do próximo dia 29. O objetivo da suspensão é pressionar a prefeitura a repassar R$ 380 mil referentes aos atendimentos de maio.
Segundo a superintendente do hospital, Eliana Fogaça, a prefeitura deve um total de R$ 3 milhões para a Santa Casa. O valor corresponde a repasses do convênio para atendimento do SUS e a internações de procedimentos de 2009 a 2011.
“Os médicos estão sem receber desde abril. Buscamos agenda com a prefeita para equacionar o problema durante três meses, mas não conseguimos”, diz Eliana.
Dos 248 leitos da Santa Casa, 70% são destinados ao atendimento via SUS -o restante é de convênios particulares.
O hospital atende 1,3 milhão de pacientes de Ribeirão e da região. Segundo a superintendente, o aviso sobre a paralisação dos atendimentos foi protocolado na prefeitura na última sexta, mas, até ontem, a administração não havia se manifestado sobre a questão.
Representantes da Santa Casa devem se reunir hoje com o ministro Alexandre Padilha (Saúde), em Brasília, para pedir complementação de repasses.
A Secretaria da Saúde informou, por meio de nota, que os repasses do SUS seguem ordem cronológica estabelecida por lei e que a indignação dos médicos é com a direção da Santa Casa e não com a prefeitura.
Ainda segundo a pasta, a Santa Casa deve aos cofres municipais R$ 7 milhões pelo recolhimento do lixo hospitalar. Na nota, a prefeitura disse “estranhar” o fato de o hospital buscar a imprensa antes de conversar com administração municipal.
Segundo Eliana Fogaça, a Santa Casa não nega que deve à prefeitura pelo recolhimento do lixo, mas questiona o valor informado.O SUS (Sistema Único de Saúde) pagou cerca de R$ 14 milhões em cirurgias e internações para pessoas que já estavam mortas na data dos atendimentos. As irregularidades foram detectadas por uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), que também identificou outros 890 casos de supostas internações que continuaram mesmo após a morte do paciente. 

Para chegar a essas constatações, o tribunal comparou cadastros de óbitos com cadastros de internações e cirurgias do SUS. 
De acordo com o relator do processo, ministro José Jorge, boa parte das internações realmente ocorreu, mas em períodos diferentes dos que foram informados. “Em outros casos, pode ter ocorrido burla mesmo”, disse o ministro. 
Em quatro cidades a auditoria checou caso e caso: Fortaleza (CE), Aparecida de Goiânia (GO), Belém (PA), Recife (PE) e Campina Grande (PB). 

O TCU determinou ao Ministério da Saúde mais mecanismos de segurança para seu sistema. Os municípios terão 120 dias para investigar os casos e apresentar medidas para corrigir as irregularidades. 

RIBEIRÃO PRETO
A Santa Casa de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) estima que a interrupção dos atendimentos do SUS (Sistema Único de Saúde) possa afetar ao menos 3.500 pacientes por mês.
Médicos do hospital anunciaram na última sexta-feira que não atenderão mais procedimentos e consultas eletivas (não urgentes) a partir do próximo dia 29. O objetivo da suspensão é pressionar a prefeitura a repassar R$ 380 mil referentes aos atendimentos de maio. 
Segundo a superintendente do hospital, Eliana Fogaça, a prefeitura deve um total de R$ 3 milhões para a Santa Casa. O valor corresponde a repasses do convênio para atendimento do SUS e a internações de procedimentos de 2009 a 2011. 
“Os médicos estão sem receber desde abril. Buscamos agenda com a prefeita para equacionar o problema durante três meses, mas não conseguimos”, diz Eliana. Dos 248 leitos da Santa Casa, 70% são destinados ao atendimento via SUS -o restante é de convênios particulares.

O hospital atende 1,3 milhão de pacientes de Ribeirão e da região. Segundo a superintendente, o aviso sobre a paralisação dos atendimentos foi protocolado na prefeitura na última sexta, mas, até ontem, a administração não havia se manifestado sobre a questão. 
Representantes da Santa Casa devem se reunir hoje com o ministro Alexandre Padilha (Saúde), em Brasília, para pedir complementação de repasses. 

A Secretaria da Saúde informou, por meio de nota, que os repasses do SUS seguem ordem cronológica estabelecida por lei e que a indignação dos médicos é com a direção da Santa Casa e não com a prefeitura. 
Ainda segundo a pasta, a Santa Casa deve aos cofres municipais R$ 7 milhões pelo recolhimento do lixo hospitalar. Na nota, a prefeitura disse “estranhar” o fato de o hospital buscar a imprensa antes de conversar com administração municipal. 
Segundo Eliana Fogaça, a Santa Casa não nega que deve à prefeitura pelo recolhimento do lixo, mas questiona o valor informado.

Fonte: Folha do Estado

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