Ter, 19 de Junho de 2012


 

Estudo de projeção do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do estado de São Paulo (Cremesp) mostra que no ano de 2020, ao mesmo tempo em que Cuiabá concentrará número excessivo de profissionais, os municípios do interior continuarão a sofrer com a falta de especialistas. A pesquisa considera a média estipulada pelo governo federal que classifica ideal a existência de 2,5 médicos para cada mil habitantes. Denominado “Concentração de Médicos no Brasil em 2020”, o estudo mostra que Mato Grosso terá média de 1,9 médicos para cada mil cidadãos, enquanto que Cuiabá alcançará o índice de 5,2 profissionais para o mesmo grupo populacional. O cálculo do governo federal tem como base a média de médicos existentes em países europeus e norte-americanos, por exemplo.
O balanço, realizado devido ao anúncio do Ministério da Educação (MEC) sobre a criação de 2.415 vagas para os cursos de medicina no país a partir do 2º semestre de 2012, mostra que a medida ocasionará uma explosão de profissionais e ainda superconcentração de médicos em determinados estados, capitais e municípios de médio-porte. “A abertura de vagas e criação de cursos de medicina não solucionarão a falta de profissionais da saúde no país”, comenta a presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso, Elza Queiroz.
Em determinados municípios, como em Cuiabá, a média nacional de 2,5 profissionais para mil pessoas já foi até mesmo superada. Em 2010, por exemplo, já existiam 3,5 médicos para cada mil cuiabanos, enquanto que no restante do Estado o número era ainda de 1,2 profissionais para cada mil indivíduos. “É necessário pensar o motivo pelo qual os médicos estão abandonando o interior do estado”. Estudo do Sindimed-MT revela que o tempo de permanência dos médicos nos municípios de Mato Grosso varia de 3 a 6 meses. “São inúmeras as histórias de profissionais que abandonam o interior devido às dificuldades de trabalho”.
O CFM detalha que o país conseguiria se aproximar da meta estipulada pelo governo federal até o ano de 2020 mesmo sem a criação das 2,4 mil vagas em medicina. Segundo o estudo de projeção, até a data, o país teria 2,2 profissionais para cada mil habitantes, alcançado a média de 2,5 médicos para mil pessoas em 2028. “Não se pode pensar a saúde de forma simplista. Não adianta existir 5 clínicos gerais em determinado município se a localidade sofre com a falta de um pediatra, por exemplo. É necessário distribuir as especialidades, precisa-se pensar na equipe médica em geral”. Elza Queiroz reforça ainda que a ausência de determinadas especialidades nas regiões acaba acarretando na sobrecarga de trabalho e na desistência deste profissional em permanecer no interior. “As condições inadequadas de trabalho também são motivadores para o retorno desses médicos aos grandes centros”.
A presidente do Sindimed-MT comenta ainda sobre a despreocupação dos governos em melhorar a saúde pública. “Não há interesse em se investir no Sistema Único de Saúde (SUS). Prefere-se gastar com a compra de vagas e leitos em hospitais particulares, do que construir uma unidade de saúde de referência para atender a população”.

Estudo de projeção do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do estado de São Paulo (Cremesp) mostra que no ano de 2020, ao mesmo tempo em que Cuiabá concentrará número excessivo de profissionais, os municípios do interior continuarão a sofrer com a falta de especialistas. A pesquisa considera a média estipulada pelo governo federal que classifica ideal a existência de 2,5 médicos para cada mil habitantes. Denominado “Concentração de Médicos no Brasil em 2020”, o estudo mostra que Mato Grosso terá média de 1,9 médicos para cada mil cidadãos, enquanto que Cuiabá alcançará o índice de 5,2 profissionais para o mesmo grupo populacional. O cálculo do governo federal tem como base a média de médicos existentes em países europeus e norte-americanos, por exemplo.

O balanço, realizado devido ao anúncio do Ministério da Educação (MEC) sobre a criação de 2.415 vagas para os cursos de medicina no país a partir do 2º semestre de 2012, mostra que a medida ocasionará uma explosão de profissionais e ainda superconcentração de médicos em determinados estados, capitais e municípios de médio-porte. “A abertura de vagas e criação de cursos de medicina não solucionarão a falta de profissionais da saúde no país”, comenta a presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso, Elza Queiroz.

Em determinados municípios, como em Cuiabá, a média nacional de 2,5 profissionais para mil pessoas já foi até mesmo superada. Em 2010, por exemplo, já existiam 3,5 médicos para cada mil cuiabanos, enquanto que no restante do Estado o número era ainda de 1,2 profissionais para cada mil indivíduos. “É necessário pensar o motivo pelo qual os médicos estão abandonando o interior do estado”. Estudo do Sindimed-MT revela que o tempo de permanência dos médicos nos municípios de Mato Grosso varia de 3 a 6 meses. “São inúmeras as histórias de profissionais que abandonam o interior devido às dificuldades de trabalho”.

O CFM detalha que o país conseguiria se aproximar da meta estipulada pelo governo federal até o ano de 2020 mesmo sem a criação das 2,4 mil vagas em medicina. Segundo o estudo de projeção, até a data, o país teria 2,2 profissionais para cada mil habitantes, alcançado a média de 2,5 médicos para mil pessoas em 2028. “Não se pode pensar a saúde de forma simplista. Não adianta existir 5 clínicos gerais em determinado município se a localidade sofre com a falta de um pediatra, por exemplo. É necessário distribuir as especialidades, precisa-se pensar na equipe médica em geral”. Elza Queiroz reforça ainda que a ausência de determinadas especialidades nas regiões acaba acarretando na sobrecarga de trabalho e na desistência deste profissional em permanecer no interior. “As condições inadequadas de trabalho também são motivadores para o retorno desses médicos aos grandes centros”.

A presidente do Sindimed-MT comenta ainda sobre a despreocupação dos governos em melhorar a saúde pública. “Não há interesse em se investir no Sistema Único de Saúde (SUS). Prefere-se gastar com a compra de vagas e leitos em hospitais particulares, do que construir uma unidade de saúde de referência para atender a população”.


Fonte: A Gazeta

 

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