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CRM-MT emite nota técnica com orientações para casos de Síndrome Respiratória Aguda

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) emitiu uma nota técnica com orientações aos profissionais para o atendimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRA) em diversas cidades do estado. O documento elaborado pela Câmara Técnica de Clínica Médica da autarquia, destaca também a elevação do número de óbitos associados às infecções, com maior impacto entre os meses de março e agosto , período de sazonalidade intensificada dos vírus respiratórios.

A SRA é uma infecção com início súbito que afeta principalmente crianças, idosos, gestantes, imunossuprimidos e pessoas com doenças crônicas. Entre os agentes etiológicos mais frequentes estão os vírus Influenza A e B, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Parainfluenza e o SARS-CoV-2.

De acordo com o 1º vice-presidente do CRM-MT, Adriano Pinho, o avanço dos casos em 2024 e início de 2025 acompanha uma tendência nacional, e expõe a sobrecarga dos serviços de saúde e as fragilidades no sistema de vigilância epidemiológica. “É urgente reforçar a estrutura da atenção primária, capacitar profissionais e garantir o acesso rápido a exames e antivirais como o Oseltamivir”.

Além da ampliação da testagem (RT-PCR e testes rápidos) e da vigilância ativa, o CRM-MT ressalta a importância do diagnóstico precoce, do manejo clínico adequado nas unidades básicas de saúde (UBS) e da vacinação. O calendário vacinal anual contra a gripe e a Covid-19, por exemplo, continua sendo uma das principais estratégias de prevenção.

“Com a chegada das baixas temperaturas, aumenta os casos de gripe. Buscar estratégias de prevenção como a vacinação é a melhor forma de cuidar da saúde”, destaca uma das responsáveis pela elaboração do documento, a médica Elaine Patrícia Souza Silva. Além dela, assinam a nota os médicos Adriana Gibo Podanosque, Eduardo Cal Ferrari e José Mário Podanosque.

Entre os sinais de alerta para agravamento da SRA estão dispneia intensa, uso de musculatura acessória para respirar, saturação de oxigênio abaixo de 92%, alteração do nível de consciência, febre persistente e dificuldade para ingestão de líquidos, especialmente em crianças.

A nota orienta que pacientes com sintomas leves procurem as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para evitar a superlotação de unidades de pronto atendimento e hospitais. Já os casos com sinais de gravidade devem ser imediatamente referenciados.

Por fim, o texto reforça a necessidade da notificação obrigatória dos casos suspeitos e confirmados no sistema de informação do Ministério da Saúde, lembrando que a subnotificação ainda é um desafio em Mato Grosso e pode comprometer a resposta epidemiológica.

Clique aqui para acessar a íntegra do documento.

 

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